segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Como o HIV afeta a gravidez e a saúde do bebê?

Mulheres que são HIV-positivo têm um risco maior de complicações na gravidez, como parto prematuro, restrição do crescimento fetal e de perda do bebê. O risco de complicações é maior em mulheres que estão com o sistema imunológico comprometido. 

Há também o risco de transmitir o HIV para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Sem tratamento, o risco de a criança ser infectada é de 25%. O momento mais perigoso para a transmissão é a hora do parto. O fato de a mãe soropositiva estar com a carga viral elevada é o principal fator de risco para a transmissão do vírus para o bebê. 

Com tratamento durante a gravidez, porém, o risco cai para menos de 2%. Entre as medidas a serem tomadas estão: medicamentos, monitoramento da carga viral, fazer cesariana e não amamentar. 

O primeiro passo é seguir o tratamento à risca. O exame para detectar o HIV costuma ser realizado de rotina logo no início do pré-natal, e muitas vezes as mulheres são pegas de surpresa. Com acompanhamento médico, é possível em grande parte evitar a chamada transmissão vertical do HIV, ou seja, de mãe para filho. 

Para mulheres HIV-negativo que não têm parceiro constante ou que correm risco, por fazer sexo sem proteção, o médico pode pedir um novo exame para detectar o HIV no terceiro trimestre. Nunca é tarde demais para iniciar o tratamento. 

Como é o tratamento durante a gravidez?
Em primeiro lugar, se você já toma medicamentos para o HIV e acabou de descobrir que está grávida, não pare de tomar os remédios. A pausa no tratamento pode fazer o vírus ficar mais resistente. Procure seu médico infectologista o mais rápido possível para orientações e continue tomando a medicação. 

Ao longo da gravidez, vários exames são feitos para determinar a carga viral (o melhor é que seja baixa) e a contagem de células CD4 (que são as células de defesa, portanto o melhor é que a contagem seja alta). Os resultados ajudam a determinar o tratamento com anti-retrovirais. É importante manter a carga viral baixa para que a mulher continue saudável e para reduzir o risco de transmissão do HIV para o bebê. 

Dependendo da saúde da mãe, o médico pode preferir iniciar os medicamentos no segundo trimestre da gravidez, quando a formação dos órgãos principais do bebê já terminou. 

É importante avisar o médico logo se os vômitos da gravidez estiverem interferindo na tomada dos remédios. 

O que acontece na hora do parto?
A zidovudina (mais conhecida como AZT) é administrada à mãe, de preferência por veia, três a quatro horas antes do parto, para reduzir a probabilidade de transmissão vertical do HIV. É possível até pedir ao médico com antecedência a dose de AZT para ser tomada por via oral, para que a mãe não perca a chance de receber o remédio em caso de parto inesperado, em um hospital que não tenha o medicamento. 

Dependendo da carga viral presente no sangue da mãe, é provável que o médico opte por uma cesariana. A cesariana reduz o tempo de contato do bebê com as secreções maternas, o que diminui o risco de transmissão do vírus. O rompimento da bolsa e as contrações podem facilitar a troca de fluidos entre mãe e bebê, portanto os médicos preferem evitá-los sempre que possível. 

O bebê que é filho de mãe soropositiva recebe o AZT logo depois do parto. A medicação é iniciada nas primeiras duas horas após o nascimento e é mantida por pelo menos seis semanas, período em que não se sabe se o bebê foi infectado ou não. 

Quando vou saber se o bebê foi infectado?
Toda criança cuja mãe é HIV-positivo nasce com anticorpos contra o vírus no sangue, por isso o teste tradicional não funciona bem. O bebê precisa ser testado para detectar o próprio vírus. Esse exame pode dar falso negativo na primeira semana (40% dos casos), mas após a segunda semana o resultado é correto em 90% dos casos. 

Mesmo assim, só alguns meses depois é que dá para saber com certeza se a criança não foi infectada. Esses meses são necessários para os anticorpos transmitidos pela mãe desaparecerem do sangue do bebê. 

Em todo o caso, os médicos vão dar medicamentos anti-retrovirais para o bebê nas primeiras semanas de vida. 

Sou soropositiva. Vou poder amamentar?

Não. O Ministério da Saúde recomenda a suspensão total do aleitamento e a inibição da produção do leite materno. Isso pode ser feito pressionando os seios, com uma faixa ou um sutiã bem apertado, e com o auxílio de medicamentos, que serão prescritos pelo médico. 

A política na maioria das maternidades é de nem permitir o aleitamento materno quando a mãe é HIV-positivo. A amamentação cruzada (por outra mãe) e a pasteurização do leite em casa também são contra-indicados pelos médicos. 


Fonte: brasil.babycenter.com/a1500679/hiv-e-aids











































































































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